Depois de muito tempo, resolvi compartilhar as minhas leituras neste período de mestrado, não por preguiça, mas por desânimo, a pós-graduação suga todas as suas energias e qualquer leitura fora do contexto de sua pesquisa, o sentimento de culpa impera. Depois da minha qualificação (junho), resolvi retomar as minhas leituras, e por enquanto, já li 21 livros.
Pensei em fazer um post do livro “No seu pescoço” da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, mas como acabei de terminar a leitura do livro “A varanda do Frangipani” do Mia Couto, então vai tu.
O livro é dividido em quinze capítulos, e cada capítulo é contada um pedaço da história, na ótica dos diversos personagens.
O livro começa com o Ermelindo, um xipoco (fantasma), morto antes da independência de Moçambique, como não fora enterrado de forma adequada, vive sob a árvore de Frangipani, na cidade de S. Nicolau, onde funciona um asilo. Com as comemorações da independência, decidem transforma-lo num herói nacional, Ermelindo, não fica nada contente, para conseguir paz, resolve morrer uma segunda vez e de forma definitiva. Para isso, encarna no policial Izidane Naíta, que tinha uma morte próxima.
O inspetor Izidane foi ao asilo investigar o assassinato do diretor da instituição, a partir desta investigação, se desenvolve a história, que é contada a partir dos depoimentos dos idosos e da enfermeira que vivem no asilo.
A partir dos depoimentos, Mia Couto mistura folclore, memórias da independência de Moçambique e a Cultura das etnias Moçambicana.
Este livro é daqueles que guardamos com carinho na memória e no coração, pois remete ao passado do nosso país, que também foi colonizados pelos portugueses. Nós faz refletir sobre o nosso papel em preservar a nossa história, e relembrar que nós lutamos.
Por fim, compartilharei uma imagem do Frangipani ou Jasmim-Manga.